As barreiras a que estão sujeitos os estudantes com deficiência são uma realidade bem conhecida na sociedade. Hoje, segunda-feira, assinala-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Há um ano atrás, o JPN deu a conhecer o caso de Isabel Silva, então finalista de Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e deficiente motora – nasceu sem braços, nem pernas.

Actualmente, Isabel, 25 anos, já é formada, mas ainda não trabalha. 2007 foi passado à procura de emprego e estágios. Apesar de já ter mandado três currículos, até hoje ainda não recebeu uma resposta positiva.

Ao JPN, Isabel Silva diz não acreditar que a deficiência física condicione a resposta dos empregadores, já que muitos dos colegas de curso se encontram na mesma situação. Ainda assim, sabe que é um factor a ter em conta: “As entidades dizem que é mais complicado no meu caso, porque necessito de acompanhante, e depois há a questão do transporte – demora mais tempo, é mais complicado”.

A licenciada também procurou projectos de voluntariado, mas não encontrou nenhum que fosse compatível com a sua condição física. No mês passado começou a frequentar uma formação de formadores. Um projecto que já tinha intenção de realizar há algum tempo, mas que foi adiado por falta de condições. É que Isabel vive no Marco de Canaveses e a formação fica no Porto. Se não tivesse uma prima a frequentar a mesma formação, os pais teriam de a trazer ao Porto todos os dias.

A formação vai-lhe ocupar mais dois meses. Depois disso, há que continuar a procurar e aguardar uma resposta positiva.