Mais um segurança da noite do Porto foi morto a tiro, na noite de ontem, domingo, quando saia de casa. Segundo a tia da vítima, Eluísa Ferreira, Alberto Carvalho (“Berto”, como era conhecido), 36 anos, foi atingido por vários tiros nas proximidades da Fonte dos Arrependidos, na zona de Santo Ovídio, em Gaia.

Ao JPN, Eluísa Ferreira disse ainda que o irmão, a filha de apenas cinco anos e a mulher da vítima assistiram a tudo. O irmão protegeu-se no muro que separa a garagem do prédio e a entrada do mesmo. Os muros e o portão de acesso a um dos complexos habitacionais encontram-se cravejado pelos buracos das balas de metralhadora.

Segundo o relato, tudo aconteceu por volta das onze horas da noite, quando “Berto” procedia a mudanças, com a ajuda do irmão, para outra residência na zona de Canelas, Gaia, quando se começaram a ouvir tiros vindos do cimo de uma colina encostada ao edifício.

“Berto” ainda rastejou para ao pé da estrada a pedir ajuda, quando a viatura se aproximou e “terminou o serviço”, segundo contou a tia da vítima ao JPN.

O segurança assassinado foi transportado para o Hospital de S. João, onde acabou por morrer. O irmão, mulher e filha da vítima foram transportados para o Hospital de Gaia em estado de choque.

Medo de represálias

Alguns vizinhos da vítima têm medo de contar o que viram, temendo represálias, diz Eluísa Ferreira.

Segundo fonte policial ouvida pela Lusa, “Berto” acompanhava Aurélio Palha, proprietário da discoteca Chic, na noite em que Palha foi assassinado, em Agosto.

Os advogados da família do segurança assassinado em Miragaia, a 29 de Novembro, adiaram a tomada de posição pública sobre a investigação da PJ, depois da morte de “Berto”.

PJ diz que a onda de crimes vai parar

O director Nacional da Polícia Judiciária manifestou-se hoje convicto de que a onda de crimes violentos no Porto “vai parar”. Alípio Ribeiro garantiu que as investigações estão “bem encaminhadas” e mostrou-se “esperançado” que a polícia vai “esclarecer num tempo curto todos estes assuntos”.