Benazir Bhutto morreu hoje, quinta-feira, num ataque à bomba durante um comício político na cidade de Rawalpindi, que matou mais 16 pessoas. A ex-primeira ministra paquistanesa e actual líder de um dos partidos da oposição, de 54 anos, não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer no hospital de Rawalpindi.

Javed Cheema, porta-voz do ministério do Interior, confirmou a morte de Benazir Bhutto. Segundo o marido de Bhutto, Asif Ali Zardari, ela foi atingida no pescoço durante o ataque bombista, não se sabendo ainda se foi uma bala ou fragmento de bomba.

O responsável da polícia local, Mohammad Shahid, disse que o bombista suicida alvejou Bhutto quando esta se preparava para abandonar o local do comício, antes de se fazer explodir.

Este não foi o primeiro atentado em que se tentou colocar termo à vida da ex-primeira ministra do Paquistão.

Benazir Bhutto foi a primeira mulher da era moderna a liderar um país muçulmano, quando tinha apenas 35 anos. Foi duas vezes primeira ministra do Paquistão (1988/1990 e 1993/1996).

Das duas vezes foi demitida por “corrupção” e “mau governo”, o que a levou a fugir para Londres e para o Dubai, regressando a 18 de Outubro de 2007, após a amnistia dada pelo actual Presidente, Pervez Musharraf.