Braga acolheu esta sexta-feira a Cimeira Ibérica, onde foi lançada a primeira pedra para o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL). O instituto vai nascer nos antigos terrenos da antiga Bracalândia.

O primeiro-ministro espanhol disse-se confiante que em Braga vai nascer “um centro do máximo nível de excelência“. “Os dois países ibéricos não estiveram na vanguarda das diferentes revoluções tecnológicas nos últimos quatro séculos, mas estão na do século XXI”, considerou José Luiz Zapatero.

Já o ministro da Ciência português, Mariano Gago, referiu que o INL vem responder à ambição de construção europeia, enquanto a ministra da Educação e Tecnologia espanhola, Mercedes Cabrera, acredita que poderá representar “uma das chaves da competitividade a longo prazo” dos dois países.

30 milhões de euros investidos

O INL, que será dirigido pelo investigador galego José Rivas, contará com 200 investigadores de todo o mundo, que se vão dedicar à investigação de “áreas emergentes” como a nanotecnologia, nanoelectrónica, nanomedicina e nanomateriais. O “modelo de colaboração institucional absolutamente inovador na Europa”, referiu Mercedes Cabrera.

O centro de investigação (com 14 mil metros de área laboratorial, num edifício de cerca de 20 mil metros quadrados) contará ainda com várias oficinas, laboratórios, uma biblioteca, auditórios, um espaço para instalar visitantes de curta duração e ainda um centro Ciência Viva para mostrar à população o trabalho desenvolvido.

Resultado de um investimento inicial de 30 milhões de euros, o edifício que vai albergar o INL deve estar concluído em 2010/2011, mas a primeira fase pode começar a funcionar já no próximo ano.