A aprovação do projecto de reabilitação da Praça de Lisboa, no Porto, pelo executivo camarário, prevista para a próxima terça-feira, “é o concretizar de um sonho” com vários anos, afirma o presidente da Federação Académica do Porto (FAP) Ivo Santos.

Em linha com o que o anterior presidente da federação, Pedro Barrias, defendia, o Pólo Zero – 526 metros quadrados prometidos à FAP – será um “espaço multidisciplinar”, com espaços para estudo e trabalho académico, actividades culturais e convívio, explica Ivo Santos.

As obras devem arrancar ao mesmo tempo que a restante intervenção no Praça de Lisboa (dentro de seis meses), tal como a inauguração, prevista para o Verão de 2009.

Com a passagem da reitoria da Universidade do Porto para a Praça Gomes Teixeira, mesmo ali ao lado, e com o aumento de espaços de animação nocturna na Baixa, Ivo Santos considera que a Praça de Lisboa “torna-se um espaço cada vez mais apelativo” para um projecto deste género, que se insere numa “lógica integrada de reabilitação” do centro do Porto.

À procura de parceiros

A FAP vai reunir em breve com o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, para definir como será o processo que se avizinha. A FAP quer também envolver a autarquia, bem como as universidades do Porto e Católica e o Instituto Politécnico do Porto, no projecto, ainda sem modelo de funcionamento definido.

O Pólo Zero “não tem que ser lucrativo, mas tem que se ser sustentável”, sublinha o dirigente académico. Valências como uma cafetaria e uma reprografia poderão ser, por isso, formas de pagar as despesas de funcionamento e, simultaneamente, de prestar serviços aos estudantes.