O pagamento de 30 euros é resultante da proposta da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira. Foi a solução encontrada por ambas as partes para o sentimento de insegurança na noite portuense, num cenário de falta de efectivos, materiais e meios suficientes.

Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), afirmou ao JPN que a PSP só aceitou esta medida por ser “um recurso”. “Não é uma medida que nós gostaríamos que fosse aplicada daqui para a frente, até porque consideramos ser uma má política, uma má filosofia”, explica.

O presidente da ASPP acrescentou, ainda, que “começa a antever uma privatização da segurança“.

O pagamento de uma remuneração na ordem dos cerca de 30 euros por cada quatro horas pode causar um entrave à obtenção de voluntários para o serviço, alertou Paulo Rodrigues ao JPN.

Segundo o responsável da ASPP, a PSP prevê fazer uma mudança a longo prazo, esperando poder vir a ter meios suficientes para efectuar o patrulhamento reforçado a essas zonas de maior risco sem ter de recorrer a serviço remunerado.