Nos últimos 10 dias, a limpeza e manutenção das esquadras do Porto têm sido feitas pelos próprios agentes, depois de ter chegado ao fim o contrato com as empregadas encarregues desse serviço. A contratação de novos funcionários ficou ao encargo do Comando Metropolitano do Porto que ainda não apresentou uma solução.

O director nacional da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, caracteriza esta situação como sendo “uma irresponsabilidade por parte da Direcção Nacional e do Comando Metropolitano do Porto”. “Não há nenhum profissional que goste de trabalhar nestas condições porque é ele próprio posto em causa e a sua dignidade“, acrescentou o director da ASPP ao JPN.

As funcionárias foram notificadas em Dezembro de 2007 a informar que iriam prescindir dos seus serviços em Fevereiro. Estas empregadas já pediram uma indemnização à Direcção Nacional de Polícia. Apesar de não serem representadas pela ASPP, a associação tem prestado apoio a estas funcionárias “por uma questão de princípio e de salvaguarda dos direitos das pessoas”, diz Paulo Rodrigues.

Ainda nada foi comunicado à ASPP por parte da Direcção Nacional de Polícia quanto a uma possível solução para esta situação.