A partir deste ano, Março passa a ser o mês europeu do cancro colo-rectal. A iniciativa é da associação europeia Europacolon que visa informar e sensibilizar para a prevenção e rastreio desta patologia.

O cancro colo-rectal é o segundo cancro mais incidente e mortal na Europa, depois do cancro do pulmão nos homens e o cancro da mama nas mulheres.

Em declarações ao JPN, Vítor Neves, presidente da Europacolon em Portugal, explica que o objectivo da associação é a intervenção na diminuição da incidência da patologia, “sensibilizando as pessoas, difundindo o conhecimento da doença e promovendo o rastreio e os diagnósticos precoces”. “Esta é uma das patologias que possui 90% de probabilidade de ser curada se for detectada a tempo”, referiu.

Em Portugal, a Europacolon está a desenvolver uma acção junto da população infantil escolar relativamente à mudança dos hábitos alimentares. Está ainda agendado para o dia 11 de Março um rastreio interno à Assembleia da República, para sensibilizar colaboradores e deputados.

“Colonoscopias não são invasivas nem dolorosas”

“Mais de 50% dos portugueses desconhece completamente qualquer dos sintomas e 37% não sabe identificar o que significa cólon e recto”, referiu o presidente da Europacolon. Este facto, aliado ao tabu que existe em torno da colonoscopia, vista pela população como um processo “invasivo e doloroso”, leva a que a maioria das pessoas “não promova o rastreio nem faça o diagnóstico quando está na área de risco”.

Segundo Vítor Neves, esta área de risco envolve “todas as pessoas com mais de 50 anos, todas as pessoas que têm ligações familiares à doença e as pessoas que apresentem alguma sintomatologia da doença”.

Os sintomas desta patologia caracterizam-se pela prisão de ventre ou diarreia, sangue nas fezes, cansaço e emagrecimento. Exercício físico, educação alimentar e a ingestão de água são as medidas de prevenção mais importantes.

Uma das medidas pretendidas pela Europacolon é “fazer perceber às pessoas que as colonoscopias não são invasivas nem dolorosas” e incentivar a realização deste exame, considerado “o meio de rastreio apropriado para detectar esta doença”, explicou ainda Vitor Neves.

A associação disponibiliza uma linha telefónica (808 200 199), das 14h às 20h para o esclarecimento de dúvidas sobre a doença.