Com 43,64% dos votos, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) conseguiu 169 deputados, mais 5 do que em 2004. O partido de Mariano Rajoy ficou-se pelos 40,1% dos votos, contando o PP (Partido Popular) com 153 deputados. Mesmo assim, este resultado foi melhor que há quatro anos atrás, quando conseguiram menos 148 deputados, arrecadando desta vez mais 2,4% de votos.

Quando o escrutínio ainda estava no início, as primeiras projecções da TVE e da Telecinco apontavam para a maioria absoluta do partido de Zapatero. No entanto, e tal como nas últimas eleições, o PSOE não conseguiu atingir os 176 deputados necessários de um total de 350.

Da Calle Ferraz, sede do PSOE, Zapatero falou aos milhares de simpatizantes do partido que ali se juntaram para festejar a vitória. “Trabalhámos muito, mas valeu a pena. Quero abrir uma etapa que fuja à confrontação e que procure o acordo nos assuntos de Estado. Governarei para todos, mas pensando, em primeiro lugar, nos que não têm de tudo”, afirmou o líder socialista, citado pelo jornal El País.

Numa ida às urnas que contou com o voto de 75,32% do eleitorado, ligeiramente abaixo do valor verificado em 2004 (75,66%), o PSOE venceu também as eleições da região autónoma da Andaluzia, conseguindo aí a maioria absoluta.

Com os dois principais partidos a reforçarem as suas posições em termos de votos, a terceira força no parlamento mantém-se, com o CiU (Convergência e União da Catalunha) a garantir 11 deputados. Por seu lado, o PNV (Partido Nacionalista Basco) perdeu um deputado em relação a 2004, ficando-se pelos seis. A queda mais acentuada foi a da ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) que só conseguiu três deputados, menos cinco do que nas últimas legislativas.

Nas eleições para a câmara alta do parlamento, o senado, o PP mantém a maioria, elegendo 100 senadores, contra os 89 que conseguiu o PSOE.