Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, elogiou a forte adesão dos professores à “Marcha da Indignação” – 100 mil, segundo números da PSP. “Está concretizado o grande desafio que foi colocado aos professores, que foi virem para as ruas de Lisboa mostrarem a indignação que sentem”, disse ao JPN.

Na estrada com o SPN

50 professores foram de Arcos de Valdevez até Lisboa para protestar este sábado. O JPN seguiu viagem com o autocarro 40 do SPN.

O dirigente sindical criticou a reforma educativa do Governo que considera impossível de realizar sem o apoio da classe docente e sem a demissão da ministra da Educação, Maria de Lourdes Rodrigues. “Ninguém faz reforma nenhuma, por mais positivas que sejam as medidas, com esta contestação e tendo contra si os professores”, afirmou.

Deolinda Martin, do Sindicato de Professores da Grande Lisboa, foi mais além na crítica à reforma da educação, acusando o Governo de “autismo”. “O problema fundamental não é apenas a ministra, é o tipo de desenvolvimento que estamos a ter no nosso país”, disse. “Esta escola vai excluir, vai diminuir, vai afastar aqueles que não são capazes”.

Ao JPN, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, mostrou-se solidário com a luta dos professores, considerando que a marcha foi uma “vitória para a classe“. Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, Ana Avoila, da Frente Comum, e o deputado comunista Bernardino Soares também estiveram presentes na Marcha da Indignação.