A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) apresentou, esta terça-feira, os planos de acção na área do acolhimento empresarial (AAE) e da inovação que pretende pôr em prática até 2013. O investimento na investigação pode aumentar para 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto) regional.

O plano para a inovação tem como objectivo criar um sistema regional com vista a aumentar o esforço tecnológico na região Norte, o que pode resultar numa subida das despesas para a inovação para 1,8% do PIB da região, a realizar até 2013. Pretende também atrair actividades económicas externas, fomentar o avanço tecnológico e promover as tecnologias e segmentos industriais já existentes.

233 milhões para infra-estruturas e PCT

Mário Rui Silva, um dos responsáveis pelo estudo e desenvolvimento destas propostas, explicou o conteúdo dos planos do Pacto Regional para a Competitividade, revelando que as infra-estruturas tecnológicas e a rede regional de Parques de Ciência e Tecnologia (PCT), nomeadamente na Universidade do Minho e na Universidade do Porto (pólo da Asprela, Campo Alegre e Matosinhos), vão receber um investimento de 233 milhões de euros.

No total, para consolidar estes objectivos e também promover o investimento industrial vão ser disponibilizados dois mil milhões de euros, metade dos quais são financiados por verbas comunitárias do FEDER.

O plano de acolhimento empresarial proposto pela CCDR-N inclui a definição de uma estratégia de expansão, racionalização e qualificação das áreas empresariais. Têm como objectivo a criação de uma rede de 10 a 15 áreas empresariais de elevada qualificação e requalificar entre 30 a 40 áreas da rede municipal e supra-municipal já existentes.

De entre as infra-estruturas e serviços beneficiados que vão ser construídos ou requalificados contam-se a Tecmaia (Maia), Sanjotec (S. João da Madeira), Gaia Park (V.N.Gaia), I9 Park (Vila Verde), Centro Empresarial e de Inovação em Bragança e outros projectos no Douro, no Minho, no Ave, no Cávado, no Grande Porto e Entre-Douro e Vouga que vão beneficiar de 171 milhões de euros.

O investimento estende-se aos serviços partilhados como a moda, o design e o cinema, abrangendo, principalmente, o Porto e Braga.

“Está a nascer uma nova era de rentabilidade para a região Norte”

Carlos Lage, presidente da CCDR-N, concluiu a apresentação destes dois programas mostrando que “são planos de acção e estratégias para a região Norte com objectivos e metas claras”.

“Está a nascer uma nova era de rentabilidade para a região Norte. Apesar disso, esta inovação pode estar dotada de recursos, mas é preciso existir um empresário inovador”, salientou o presidente da comissão.