Cinco semanas após a tentativa de assassinato, a 11 de Fevereiro, o Prémio Nobel da Paz José Ramos-Horta abandonou o hospital onde se encontrava, despedindo-se emocionado da equipa que o tratou. O também presidente timorense ofereceu, como gesto de agradecimento, café timorense e uma fotografia sua com o Papa no Vaticano aos médicos e pessoal do hospital Royal Adelaide.

Ramos-Horta, que foi tratado em dois hospitais em Darwin após o atentado que sofreu à porta de casa, agradeceu a “todos pelo carinho e paciência”, como relata a Lusa. O Prémio Nobel da Paz falou, também, pela primeira vez ao público, sobre o dia em que foi atacado por soldados rebeldes seguidores do comandante Alfredo Reinado, acrescentando o facto de se lembrar “de cada detalhe” do sucedido.

José Ramos Horta recordou a viagem numa “ambulância muito velha”, onde foi socorrido por um médico da polícia portuguesa, até chegar ao hospital de Díli. O presidente timorense, que recebeu três impactos de bala – dois nas costas e um no estômago -, irá permanecer mais algumas semanas na Austrália para fazer fisioterapia.