Francisco Oliveira Pereira tomou esta terça-feira posse como director nacional da PSP. O antigo comandante metropolitano de Lisboa, e até aqui, número dois da direcção nacional, sublinhou a necessidade de racionalizar os recursos já existentes.

Em declarações aos jornalistas, o novo director da PSP destacou a necessidade de melhorar o aproveitamento dos meios já existentes e afirmou que não será necessária a colocação de 2 mil novos agentes no país, como defende a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), que alega que o actual efectivo é insuficiente para as necessidades.

Uma fonte oficial da Direcção Nacional da PSP disse ao “Diário de Notícias” que em Portugal “há 21.269 elementos na PSP a nível nacional, representando um rácio de um polícia para 227 habitantes, enquanto a média europeia é de um agente para 350 pessoas”. Os números foram contestadas pela ASPP/PSP.

Oliveira Pereira estabeleceu ainda como objectivos primordiais do seu mandato a manutenção da segurança pública e a dignificação da imagem da polícia.

Sócrates confiante

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, em declarações à imprensa após a cerimónia da tomada de posse, destacou a necessidade de uma reforma de segurança interna com vista à cooperação entre os diversos organismos de segurança.

A cerimónia da tomada de posse, que decorreu no Salão Nobre do Ministério da Administração Interna, contou ainda com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, que aproveitou a ocasião para reafirmar a sua confiança na PSP e o seu apoio a medidas para reforçar a confiança dos cidadãos portugueses. Para Sócrates, a PSP é um organismo “apto a responder a qualquer ameaça”.

Oliveira Pereira substitui no cargo Orlando Romano, que terminou um mandato de três anos à frente da instituição.