O Festival Audiovisual “Black & White” regressa, pelo quinto ano consecutivo, ao Campus da Foz da Universidade Católica, no Porto, de 2 a 5 de Abril.

A iniciativa da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto nasceu em 2004 e é financiada pela própria universidade e através de diversos patrocínios. O festival dedica-se apenas ao preto e branco e dirige ao público um convite tripartido entre cinema, áudio e fotografia – conceito que, segundo Jaime Neves, é “único em todo o mundo”.

Segundo a organização, são enviadas mais de 150 obras ao festival, incluindo fotografia, áudio, curtas-metragens, animação, vídeo experimental, vídeo musical, ficção e documentário. Este ano foram seleccionadas 64 obras provenientes de 14 países, entre os quais Portugal, México, Macedónia, Rússia, EUA e Brasil, notando-se uma forte presença do leste europeu.

Para competir, as curtas-metragens podem ter, no máximo, 20 minutos de duração. Das 64 obras, 36 são filmes, num total de 220 minutos de vídeo.

O júri que vai eleger as obras vencedoras vai ser composto por cinco membros, entre os quais o português José António Fonseca e um dos grandes nomes da actualidade na fotografia, Zoran Filipovic. A americana Cláudia Gorbman, a australiana Deb Verhoeven e a espanhola Sara Garcia Villanueva completam a equipa do júri desta quinta edição do “Black & White”.

Os prémios a atribuir distribuem-se pelas categorias de melhor vídeo ficção, melhor documentário, melhor vídeo animação, melhor vídeo experimental, melhor vídeo musical, melhor peça sonora, melhor fotografia, prémios votados pelo público e Grande Prémio B&W.

Há ainda o concurso “4:40”, que desafia os participantes, organizados em equipas, a produzir, filmar e editar um filme de quatro minutos em apenas 40 horas, subordinado a um tema lançado pela organização.

Um cartaz generalista

Jaime Neves descreve o evento, que “demora um ano a preparar”, como “não elitista”. O público-alvo não são só os “artistas”, mas o público em geral, diz.

Além da competição, haverá ainda actividades como conferências e “conversas em café”, onde será possível a realização de debates em jeito de tertúlia.

Pelo meio há mostras de dois outros festivais, o “One Take Film Festival” e o “Play-Doc”. O primeiro levou a concurso, em Zagreb, filmes gravados em apenas um take, ou seja, sem interrupção desde que se liga a câmara até ao momento de a desligar; “Play-Doc”, realizado em Tui, mostra o cinema documental de criação.

As noites terminarão em concerto, de entrada livre, começando com Paulo Praça no primeiro serão. Dia 3 o palco será de Sean Riley & The Slowriders, dia 4 será a vez dos “Oiseau Noir” e a noite de encerramento contará com os DJ Couscous Projekt.