Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se, esta segunda-feira, satisfeito com a sondagem divulgada esta segunda-feira pelo “Correio da Manhã”, que o nomeia como o candidado preferido dos portugueses e do eleitorado do PSD para disputar as eleições legislativas de 2009.

“O facto de haver um número de portugueses que tem um juízo simpático acerca de mim deixa-me feliz”, afirmou numa sessão organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, com o tema “Portugal 2008”.

De acordo com a sondagem, o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (com uma preferência de 35,6% dos inquiridos) é seguido pelo presidente da câmara do Porto, Rui Rio (18,5%), e só depois, na terceira posição, se encontra o actual líder do partido, Luís Filipe Menezes (14,7%). Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa defende que o desejável “é que o actual líder tenha condições para ir a eleições”, não assumindo, pelo menos por enquanto, a hipótese de se candidatar.

Os números indicam que se as eleições fossem hoje Menezes seria derrotado no confronto com Sócrates. Contudo, o professor argumenta que “um ano e meio é uma eternidade em política e economia”.

Redução do IVA “é começo da campanha”

O professor afirmou que a redução de 1 ponto percentual no IVA anunciada recentemente “é o começo da campanha eleitoral” e “não vai ter consequências efectivas no bolso da maior parte dos portugueses” nem nos preços.

O ex-presidente do PSD classificou ainda de “eleitoralista” a promessa do actual líder social-democrata de fixar o IVA nos 16% no final do mandato, caso venha a ser eleito.

Marcelo criticou, também, o Ministério da Economia por ter vindo a estar “muito sensível ao investimento estrangeiro e aos grandes grupos” e pouco ligar às Pequenas e Médias Empresas (PME), que representam “a grande maioria dos empresários portugueses”.

Processo de Bolonha ainda incompleto

Questionado sobre a aplicação em Portugal do processo de Bolonha, o professor salientou que há ainda algumas etapas a terminar. “É preciso que terminem os planos de transição, ou seja, que todos os alunos passem a ter um só plano de curso; que os novos mestrados comecem a funcionar em grande quantidade e hajam mais alunos de segundo ciclo; que a ligação à investigação conheça o sucesso que se espera; e que as universidades aprovem os estatutos e sejam eleitos novos órgãos”.