O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou, esta quarta-feira, um segundo relatório sobre a actual situação da economia mundial. O primeiro documento, referente a 2008, foi apresentado no início de Janeiro.

O novo relatório do FMI (em PDF) prevê que a economia mundial cresça 3,7%, menos quatro décimas que a previsão anterior. Se forem confirmados estes resultados, a economia mundial vai obter o menor crescimento desde 2002, reflectindo assim a crise de créditos nos mercados financeiros.

Segundo o relatório, “a expansão global está a perder o impulso diante do que se tornou na maior crise financeira americana desde a Grande Depressão”. A crise que os mercados financeiros mundiais estão a viver agravou-se com o colapso do mercado imobiliário norte-americano, iniciado no Verão passado, que continua a fazer-se sentir. O relatório afirma que este factor “rapidamente, e por vias inesperadas, causou danos extensos nos mercados e nas instituições no coração do sistema financeiro”.

No passado mês de Março, o ex-governador da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan, disse numa entrevista ao “Financial Times” que a actual crise “vai provavelmente ser julgada, em retrospectiva, como a mais profunda desde o fim da II Guerra Mundial”.