Comemorou-se esta sexta-feira o Dia Internacional de Sensibilização para as Minas e Ajuda às Acções Relativas a Minas. O dia foi criado pelas Nações Unidas em 2006 para alertar a opinião pública mundial para o impacto das minas em certos países. Várias cidades organizaram conferências, exposições e outros eventos para marcar o dia.

Segundo as Nações Unidas, três em cada quatro vítimas de minas terrestres e outros engenhos explosivos de guerra não detonados são civis. A UNICEF acrescenta que um terço das vítimas civis são crianças.

Os últimos dados apontam para 6 mil vítimas mortais em 2006, um decréscimo de mais de 75% nos últimos anos. Em 1997 registaram-se 26 mil casos. Estima-se que existam cerca de 473 mil sobreviventes de acidentes com minas terrestres e engenhos explosivos de guerra não detectados.

Em 1997, 122 países assinaram um tratado em Otava, no Canadá. Os países comprometeram-se a proibir o uso, armazenamento, produção e transferência de minas antipessoais e a destruí-las. O tratado foi veiculado à lei internacional em 1999. Hoje apenas 40 países se recusam a aceitá-lo. Entre eles encontram-se algumas das maiores potências do mundo, como a China, o Egipto, a Finlândia, a Índia, o Israel, o Paquistão, a Rússia e os Estados Unidos da América.

Segundo a International Campaign to Ban Landmines (ICBL) existem mais de 75 países minados. Afeganistão, Angola, Burundi, Bósnia Herzegovina, Cambodja, Chechénia, Iraque, Nepal e Sri Lanka são alguns dos mais afectados.

As Nações Unidas desempenham um papel importante na erradicação de minas no mundo. Um trabalho que implica localizar e destruir minas terrestres e engenhos explosivos de guerra não detonados, destruir engenhos armazenados, prestar assistência às vítimas, dar instruções para as pessoas se manterem a salvo num ambiente afectado pelas minas e sobretudo apelar à participação universal no âmbito do Tratado de Proibição das Minas Antipessoal.

No dia em que se alerta para sensibilização para as minas, a União Europeia apelou aos países que ainda não assinaram a Convenção de Otava para o fazerem o quanto antes.