“Trabalho e sindicalismo em tempo de globalização” foi o mote para debate do Clube dos Pensadores, realizado esta segunda-feira, em Gaia.

O sindicalista Carvalho da Silva foi o convidado especial da noite e abordou temáticas relacionadas com os trabalhadores portugueses e com a economia nacional. O secretário-geral da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) confessou que, na sua opinião, são necessárias várias reformas urgentes: “a sociedade actual obriga a roturas significativas”.

Para o líder sindical, o trabalho tem um papel central na vida social, e as relações de trabalho não podes ser estudadas apenas na sua dimensão económica, mas também nas dimensões social, política e cultural.

“Os sindicatos não conseguem dar resposta a vários desafios lançados”

Ao centrar-se nos problemas dos trabalhadores, Carvalho da Silva enumerou algumas das situações mais preocupantes em Portugal, como a precariedade do trabalho, a falta de atenção dada ao sector produtivo e os problemas da administração pública.

O sindicalista salientou que “os sindicatos não conseguem dar resposta a vários desafios que lhes são lançados”. Pegando no exemplo da precariedade, o líder da CGTP alertou: “a precariedade do trabalho conduz a uma vida precária, por isso a sociedade tem que ser alertada para estas situações, tem que haver consciência social”.

Carvalho da Silva debruçou-se também sobre a última grande manifestação em Lisboa, em Outubro, que juntou cerca de 200 mil trabalhadores, explicando que foi uma “expressão do sentimento de desgosto do proletariado português em relação ao que se passa em Portugal e na Europa”.