O fenómeno da globalização teve repercussões na organização do sector agrícola mundial. A integração dos mercados agrícolas a nível europeu está formalizada na Política Agrícola Comum (PAC) e a nível internacional nos acordos GATT – substituídos em 1995 dando lugar à Organização Mundial do Comércio (OMC).

A assinatura dos acordos implicou a redução do princípio da preferência comunitária e promoveu o mercado mundial como factor nivelador dos preços agrícolas. Jorge M. A. Caleiras, no artigo “Globalização, Nova Ordem Regulatória Agrícola e Conflitualidade Rural e Portugal”(em PDF), escreve que “a globalização produz rupturas e desequilíbrios sociais à escala global que geram situações de crise” no escoamento da produção, nos preços, nos rendimentos agrícolas e no peso económico e na importância social da agricultura.

De acordo com dados da Comissão Europeia, o peso do sector agrícola no PIB (Produto Interno Bruto) português tem vindo a diminuir: no começo deste século o sector agrícola representava 3% do PIB nacional.

Entidades como a OMC e o FMI (Fundo Monetário Internacional) regem o funcionamento do comércio mundial entre os países. Contudo, nos últimos meses, fruto de diversos factores, o mundo tem vindo a assistir a aumentos sucessivos no preço dos produtos alimentares essenciais, nomeadamente dos cereais.