“Sexta-feira pode ser o fim do Boavista”. As palavras de angústia foram repetidas mais do que uma vez por Joaquim Teixeira, em entrevista ao site MaisFutebol. O presidente do Boavista referiu que se o pedido de insolvência pedido pelo Beira Mar, devido à transferência do jogador Fary para o Bessa não for resolvido até sexta feira, o clube corre sério risco de desaparecer.

É a situação mais dramática alguma vez vivida pelo Boavista. O pedido de insolvência aveirense prende-se com o não pagamento de Fary, o que motivou o avanço de uma acção contra a SAD “axadrezada” no Tribunal do Comércio de Gaia.

Recentemente, o Boavista anunciou um novo investidor, o desconhecido Sérgio Silva, que prometeu injectar 14,5 milhões de euros no clube, mas até hoje, não apresentou ainda dinheiro nem garantias bancárias. “Não posso ser vítima de cabalas”, disse Joaquim Teixeira.

A juntar ao dinheiro que Sérgio Silva não injecta no clube, existe outro grave problema: o cancelamento do acordo com a Lusoarenas. A empresa de consultoria tinha um projecto para exploração e rentabilização do Estádio do Bessa. “Foi um projecto todo feito por mim desde o início e que iria injectar 120 milhões de euros até Agosto no clube”, disse Joaquim Teixeira. “Ontem [terça-feira] comunicou-nos que suspendeu o acordo que existia».

Presidente emocionado

Na entrevista concedida ao MaisFutebol, Joaquim Teixeira mostrou grande preocupação pelo actual momento do Boavista e chegou mesmo a emocionar-se. “Desde a primeira hora que me entreguei de alma e coração ao Boavista. Abdiquei da minha vida por completo para tentar salvar um clube que encontrei arruinado. Acredito que parte da culpa é minha, porque houve irresponsabilidade da minha parte. Acreditei nas pessoas erradas”, contou Joaquim Teixeira.