20 palestinianos, entre eles um operador de câmara da agência Reuters, e três soldados morreram esta quarta-feira, na Faixa de Gaza, como consequência de uma incursão do exército israelita, indica a AP.

O Tsahal (exército de Israel) respondeu com o lançamento de vários mísseis a uma emboscada preparada pelo Hamas. O primeiro ataque aconteceu apenas algumas horas depois de confrontos junto à linha da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza.

Entre as vítimas dos confrontos encontrava-se um operador de câmara da agência noticiosa Reuters. Fadel Shana, de 23 anos, preparava-se para filmar um movimento de tropas israelitas, após a emboscada da manhã.

Juntamente com Shana seguiam o seu técnico de som, que ficou ferido, e dois civis, residentes locais, que também perderam a vida. Nem os indicativos “TV” e “Press” inscritos no veículo impediram os militares de atirarem sobre eles, segundo informou a Reuteurs.

Muawiya Hassanein, director dos serviços de urgência em Gaza afirmou, citado pela AFP, que a maioria das vítimas eram civis, sendo que cinco delas tinham menos de 16 anos.

Governo de Israel acusa Hamas de “provocação”

Mark Regev, porta-voz do governo israelita afirmou à Associated Press que a emboscada do Hamas foi uma “provocação” e descreveu as operações militares de Israel como “defensivas”.

Nabil Abu Rudeina, porta-voz e conselheiro do presidente da Autoridade Palestinianan, Mahmud Abbas, que se encontra em Moscovo de visita oficial, afirmou que o “presidente Abbas condena vigorosamente a escalada israelita na Faixa de Gaza” e apela à cooperação “com os esforços egípcios, tendo em vista instaurar uma trégua para evitar mais sofrimento”, segundo a Associated Press.