Quis o destino que em 2008, Áustria, Alemanha, Polónia e Croácia se voltassem a encontrar, mas desta feita em cenários bem distintos. Os quatro países, com ligações históricas irreversíveis, vão lutar no Grupo B do Euro 2008 por duas vagas nos quartos-de-final da competição. Agora é a bola que decide o mais forte.

Áustria, o elo mais fraco?

Muitos adeptos austríacos olham com desconfiança para a força da sua selecção. Houve até quem tivesse pedido a ausência da equipa anfitriã da competição com medo de uma humilhação. A poucas semanas do arranque da prova, porém, a ansiedade parece ter tomado conta da população.

Com uma selecção à procura da afirmação europeia, o técnico Josef Hickersberger assenta a sua estratégia nos pilares Emanuel Pogatetz e Roland Linz, o último dos quais bem conhecido dos portugueses. Há quem veja os austríacos como o elo mais fraco do grupo, mas a jogar em casa só o tempo e os resultados o poderão confirmar, ou não.

Alemanha, o elo mais forte?

Se a Áustria surge como elo mais fraco, a selecção alemã é, inquestionavelmente, o mais forte. Principal favorita a vencer o grupo, a equipa de Joachim Löw é também uma das candidatas à vitória final em Viena. Com nomes sonantes no panorama europeu, jogadores como Ballack, Klose ou Schweinsteiger afirmam-se como porta estandartes da ambição germânica.

Polónia e Croácia, incógnitas temidas

Polacos e croatas marcam uma fronteira de equilíbrio no abismo que se estende entre alemães e austríacos. A discussão pelo segundo bilhete de acesso aos quartos de final adivinha-se renhida.

Com fé em “Eusébio”, a Polónia aponta baterias às balizas adversárias. Euzebiusz Smolarek já fez tremer Portugal na fase de apuramento e agora quer o trono no Euro. Com a mais valia no seu colectivo, Leo Beenhakker poderá no entanto contar sempre com a inspiração de alguns dos seus talentosos jogadores.

Surge no Euro como uma das principais responsáveis pela ausência da Inglaterra. A Croácia venceu o Grupo E de apuramento e deixou para trás a selecção de sua majestade. Coincidência, ou não, a má notícia para a selecção de Slaven Bilic chegou de Inglaterra. O atacante do Arsenal e uma das principais figuras desta selecção, Eduardo da Silva, fracturou a perna e não vai poder dar o seu contributo no europeu da Áustria e da Suíça.

Com alguns nomes sonantes como Klasnic, Kranjcar, Balaban ou Srna, os croatas fazem do poderio atacante a sua principal arma. Sem dúvida uma selecção a ter em conta no próximo mês de Junho.