A Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitiu, esta quarta-feira, um alerta para a necessidade de vacinação contra o sarampo a quem pretende viajar para a Áustria e Suíça, países onde se vai realizar o Euro 2008.

O aviso, divulgado na página da Internet da DGS, surge na sequência de vários surtos de sarampo, ocorridos nos últimos meses, em vários países da Europa, entre eles, Áustria e Suíça, que acolhem este ano o campeonato europeu de futebol.

No comunicado, a DGS sublinha que “o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, que se transmite apenas ‘pessoa-a-pessoa’” e que “as pessoas não vacinadas e que nunca tiveram sarampo, se forem expostas ao vírus, têm uma elevada probabilidade de adquirir a doença”.

O mesmo documento refere que os surtos se têm verificado “em populações em que a imunidade contra o sarampo é baixa”.

Em declarações ao JPN, a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, explica que o sarampo “é uma virose de fácil contágio, habitualmente benigna”, mas das quais podem resultar complicações de duas ordens.

“Podem ser complicações agudas, na altura em que o sarampo está a decorrer que, em última análise, podem terminar em morte, apesar de não ser frequente”, explica Graça Freitas, acrescentando que há também “situações de encefalite que se vão manifestando e terminam com um desfecho negativo anos depois”.

Linha Saúde 24

Para além das recomendações, a DGS convida a população a esclarecer dúvidas através da Linha Saúde 24 (disponível no número de telefone 808 24 24 24).

A subdirectora-geral sublinha que a “grande preocupação é proteger a saúde dos indivíduos, mas também a saúde pública”.

As recomendações da DGS

A Direcção-Geral da Saúde recomenda que os menores de 18 anos se dirijam ao seu centro de saúde para proceder à vacinação e que os adultos não vacinados interessados em viajar para a Suíça e Áustria (no Euro 2008, por exemplo) procurem aconselhamento junto do seu médico assistente.

A população portuguesa é das mais imunes ao sarampo graças à vacinação, incluída gratuitamente no Plano Nacional de Vacinação, e ao facto da maioria das pessoas ter contraído a doença na juventude, desenvolvendo assim a imunidade à doença.

Perante a possibilidade de surgirem surtos no país por via de viajantes infectados, Graça Freitas refere que “em Portugal a situação nunca seria muito dramática porque a maior parte da população está vacinada. Portanto, seriam surtos localizados”.