A internacionalização numa vertente económica, a cooperação estratégica e a avaliação das políticas públicas são os principais sectores pelos quais a nova vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Ana Teresa Lehmann, ficará responsável. A nova vice-presidente da estrutura tomou posse esta terça-feira e salientou o “grande potencial de desenvolvimento e aprofundamento da região”.

Especialista em internacionalização e desenvolvimento regional e investimento directo estrangeiro, Ana Teresa Lehmann já colaborou com organizações internacionais como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, as Nações Unidas e a Comissão Europeia. Para o Norte, assegura que o objectivo é “aumentar a competitividade da região e a cooperação internacional”.

O presidente da CCDR-N, Carlos Lage, garante que a a escolha da Lehmann visa reequilibrar as competências de planeamento e de avaliação de políticas com as competências da gestão de instrumentos financeiros. Este objectivo está relacionado com o Programa Operacional Regional Norte 2007/2013, inserido no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Para este ciclo, o presidente da CCDR-N revela lutar por “uma dimensão crescentemente activa na dinamização, organização e selecção de iniciativas de desenvolvimento, em áreas consideradas prioritárias”.

Carlos Lage criticou o atraso de dois anos do Instituto Nacional de Estatísticas em apresentar os indicadores estatísticos regionais. “Dois anos de atraso são uma eternidade”, reforçou. Como resposta, a CCDR-N criou o Observatório das Dinâmicas Regionais do Norte, um departamento destinado a fazer a análise da evolução da economia regional. O organismo vai ser dirigido pela nova vice-presidente.

“A prioridade é a internacionalização”

Carlos Lage acredita que a experiência de Ana Teresa Lehmann será essencial para potencializar um crescimento “no domínio da internacionalização e relações externas“.

Em declarações ao JPN, o presidente da CCDR-N afirmou que este novo campo de acção vai impulsionar o comércio externo, essencial para a região Norte, onde “exportar é viver”. Assegurou que “a prioridade máxima da CCDR-N é a internacionalização”, uma vez que “a região Norte é responsável por 40% das exportações nacionais”.

Rui Nuno Baleiras, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, por seu lado, destacou “os resultados positivos” alcançados na cooperação com a Galiza e alertou para a necessidade de dar “mais atenção à fronteira Leste, a Castela e Leão”.