Os trabalhadores de cinco sindicatos que representam funcionários dos CTT, serviços de correio nacional, iniciaram esta quarta-feira uma greve que tem como objectivo principal a reivindicação do direito à negociação posto em causa por um acordo da empresa.

José Oliveira, membro da direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), critica a atitude dos CTT que “em pleno processo de negociação assinaram um acordo com o sindicato da UGT”, o que “prejudica os trabalhadores” ao nível de mobilidade, horários de trabalho e, principalmente, ao nível dos salários.

Nesta greve, está também em causa a aplicação do aumento salarial de 2,8%, que não tem abrangido todos os trabalhadores e que tem sido usado como forma de influenciar a aceitação do acordo da empresa. “O que os CTT têm estado a fazer é tentar obrigar os trabalhadores não associados à UGT a subscrever individualmente o acordo”, revela José Oliveira, possibilitando-lhes o aumento salarial caso o aceitem.

A greve irá abranger o dia de quarta-feira e ainda a próxima sexta-feira, dia 2 de Maio. No primeiro dia afectará os serviços centrais e de apoio, o atendimento e a distribuição. Na sexta poderá afectar o tratamento, os transportes e os trabalhadores cedidos a outras empresas.

“Os dados do sindicatos indicam uma adesão de 60% dos trabalhadores”, mas os “serviços mínimos estão assegurados”, salienta José Oliveira.