Todos os anos os Bancos Alimentares Contra a Fome (BACF) realizam duas campanhas anuais de recolha de produtos alimentares com o objectivo de “lutar contra a pobreza em Portugal”.

Este fim de semana, cerca de 18 mil voluntários, espalhados por diversos estabelecimentos comerciais de todo o país, “vão dar tempo por um dia para uma causa em que acreditam, ajudando a recolher os bens alimentares nos supermercados e arrumar nos armazéns”, revela Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome de Portugal.

De acordo com a presidente do BACF, em declarações ao JPN, o mais importante não são os números de produtos alimentares recolhidos, “o êxito das campanhas mede-se pelo número de pessoas carenciadas que que o BACF consegue ajudar através das instituições que são seleccionadas para ajudar”.

Isabel Jonet salienta que grande parte do sucesso das campanhas se deve ao facto de serem “acções de voluntariado organizado”. O número de voluntários envolvidos não é difícil de alcançar porque as pessoas “já estão sensibilizadas” e sentem que o seu trabalho não é “desperdiçado”, pelo contrário, é “muito importante para a causa durante estes dois dias”, constata a presidente do BACF.

Crise alimentar não ameaça campanha do Banco Alimentar

Isabel Jonet acredita que a crise alimentar, que se faz sentir devido ao aumento do preço dos cereais, não deve influenciar negativamente a população nem afectar o número de donativos.

“Tenho uma expectativa muito favorável em relação aos resultados desta campanha porque considero que as pessoas são muito solidárias e já perceberam que não é preciso dar muito, mas sim que sejam muitas a dar”, afirma.