A Queima das Fitas do Porto arrancou com a sonoridade tribal dos Blasted Mechanism, para além, naturalmente, da Monumental Serenata, junto à antiga Cadeia da Relação.

A banda cabeça de cartaz foi antecedida pelos Plaggio, vencedores do IV Concurso de Bandas de Garagem organizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que subiram ao palco já depois da hora marcada, quando os estudantes começavam a chegar ao Queimódromo.

Era evidente que a atracção principal eram os Blasted Mechanism. “Estou aqui pelos Blasted”, dizia uma caloira. A banda tem sido presença habitual no cartaz da Queima do Porto, mas o concerto de sábado à noite trouxe algumas novidades.

A entrada em palco deixou o público em euforia. O “novo ser”, como lhe chamou Valdiju, o novo vocalista, Guitshu, deu o mote para o início do “tribalismo”. As canções do novo álbum, “Sound in Light”, envolveram as milhares de pessoas presentes em euforia, com os braços a dançar ao som de “música do mundo tocada pelos seres do outro mundo”. Pelo meio relembraram-se canções de álbuns anteriores a que o público retribuiu com entusiasmo.

A gravação do concerto para o novo teledisco dos Blasted Mechanism foi outra surpresa. “A escolha faz todo sentido porque a maior comunidade de fãs situa-se no Porto e isso faz do Porto um palco especial”, explicou Valdiju.