A diplomata norte-americana Shari Villarosa, da embaixada norte-americana em Yangon, a maior cidade da Birmânia, afirmou, esta quarta-feira, que o número de mortos causados pelo ciclone Nargis, que atingiu o país no último fim-de-semana, poderá ultrapassar os 100 mil.

Se o número for confirmado, este será o ciclone mais mortífero a atingir a região desde 1991, em que um desastre natural do mesmo tipo vitimou pelo menos 138 mil pessoas no Bangladesh.

Os números divulgados pela junta militar birmanesa no início da semana diziam que existem cerca de 23 mil mortos e mais de 40 mil desaparecidos. Estes números fazem antever um balanço próximo das 70 mil vítimas mortais, na sua maioria da região do delta do rio Irrawaddy, uma das principais produtoras de arroz do país. Um militar em Labatta, disse à AFP que, “até agora, o balanço nestas aldeias está feito em 80 mil mortos”.

Avião da ONU chega à Birmânia

A junta militar birmanesa autorizou, esta quinta-feira, a entrada de ajuda de emergência das Nações Unidas e aceitou que dois aviões aterrassem no país, depois de dois dias à espera da autorização governamental.

As equipas humanitárias da ONU continuam à espera dos vistos de entrada para prestarem ajuda às vítimas do ciclone “Nargis”.