Os bombeiros profissionais de todos os distritos do país manifestaram-se, esta sexta-feira, em Lisboa, para exigirem melhores condições de trabalho, um estatuto de carreira único para todos e um regime remuneratório que financie as formações.

A manifestação juntou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

Mário Alves, dirigente do STAL, explicou ao JPN que há vários tipos de bombeiros e que todos deveriam ter os mesmos direitos, sendo essa a razão para o pedido de uma carreira única para os profissionais. “Temos dois tipos de entidades empregadoras nos bombeiros: os municípios e as associações humanitárias e aqui a questão é mais complicada porque temos pessoas capazes para exercer a actividade, contudo não são reconhecidas como tal”, refere.

Da mesma opinião é António Simão, dirigente do STML, que afirmou ao JPN que alguns bombeiros não têm a formação necessária para exercer o cargo, o que pode ter consequências graves em caso de emergência. “É uma situação que pode trazer problemas para quem presta o socorro porque não terá a formação mais adequada. Se não há formação também não pode haver um bom serviço às populações”, declarou.

Os bombeiros querem ser ouvidos pelo Governo para que possam exercer o seu trabalho com as condições necessárias e dignificar desta forma a sua profissão, dizem os sindicatos.

Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, confessou ao JPN que “é indispensável que os bombeiros tenham um regime remuneratório e carreira única para serem devidamente reconhecidos”.

O presidente da liga garante que é imprescindível a normalização da situação de todos os profissionais, de modo a uniformizar as condições de trabalho de todos, “não permitindo que possa haver bombeiros com a mesma carreira que recebam salários diferentes”.