O Grupo LeYa, que inclui editoras como a Texto Editores, as Edições ASA, a Editorial Caminho e as publicações Dom Quixote, não vai estar directamente presente na 78ª Feira do Livro do Porto. O grupo será apenas representado através do pavilhão da Inovação à Leitura.

O mesmo acontece com a Civilização Editora, parte da Bertrand Livreiros e a Girassol Edições, que não terão stands próprios.

“Já sabíamos que a Feira do Livro do Porto, sob o ponto de vista da rentabilidade, era uma feira problemática”, revelou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, Francisco Madruga, representante da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) na organização do evento.

Para o elemento da organização, mais do que um local de venda, a Feira do Livro deve ser entendida como um espaço onde as editoras constroem uma imagem junto do público.

Com 94 stands e 60 editoras inscritas, a feira conta com a participação de nove editoras novas com pavilhão próprio, como é o caso das Edições Lusófonas, do El Corte Inglés ou da Esfera dos Livros.

Em 2008, o autor em destaque é Germano Silva. No dia 8 de Junho, o cronista portuense será homenageado, data em que apresenta o novo livro “Porto – Sítios com História”. Também está prevista uma homenagem ao alfarrabista Nuno Canavez, no dia 24 de Maio, com o lançamento do livro “Nuno Canavez: As Palavras da Amizade”.

Universidade do Porto em debate durante a feira

Com uma vasta programação cultural sobre a cidade do Porto, a feira conta este ano com um debate dedicado à Universidade do Porto. Segundo Francisco Madruga, “a universidade, no campo da investigação, tem hoje, a nível europeu e mundial, uma preponderância muito grande”.

Durante toda a feira estarão em exposição “As Manchetes do Regicídio”, do Museu Nacional da Imprensa. Quanto aos autores, a presença de António Lobo Antunes já está confirmada para o dia 24 de Maio.

A Feira do Livro do Porto 2008 realiza-se de 21 de Maio a 10 de Junho, no Pavilhão Rosa Mota.

Para 2009, diz o membro da organização, “há firme vontade, quer por parte da APEL, quer por parte da Câmara Municipal do Porto, em levar efectivamente a Feira do Livro do Porto para a Baixa”. Segundo Francisco Madruga, a mudança “envolve um grande investimento em infra-estruturas”, pelo que estão a ser procuradas parcerias público-privadas.