O embaixador de Israel em Portugal, Aaron Ram, anunciou, quinta-feira, a criação do Consulado de Israel no Porto, que começa a funcionar esta sexta-feira.

Aaron Ram veio ao Porto no âmbito das comemorações dos 60 anos do Estado judaico. O Consulado de Israel no Porto tem como objectivo “corresponder cada vez mais e melhor às necessidades dos israelitas que moram na cidade”, disse. Pretende também “estreitar as relações económicas, tecnológicas e culturais entre as comunidades israelitas em Portugal e Israel numa lógica de cooperação”.

Domingos Jerónimo, ex-subsecretário de Estado-Adjunto do Ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1992 e 1995, vai ser o cônsul-honorário de Israel no Porto. A tomada de posse aconteceu quinta-feira, na cerimónia de recepção ao Embaixador de Israel. Domingos Jerónimo afirmou ser um “privilégio” participar no “fortalecimento de amizades entre Israel e a Comunidade Israelita do Porto.

“Pagamos um preço muito alto para existir”

Depois do visionamento de um filme promocional dos 60 anos de Israel, Aaron Ram falou sobre o país e o povo israelita como uma sociedade “moderna”, “democrática” e “pluralista”.

O embaixador de Israel frisou os problemas e os obstáculos durante os 60 anos da existência do país, fazendo referência ao conflito israelo-palestiniano, às quatro guerras e aos vários “ataques” palestinianos ao longo das décadas. “Pagamos um preço muito alto para existirmos”, afirmou.

“Segurança em Israel é vulnerável”

O ex-presidente da Comunidade Israelita do Porto e o organizador do encontro, Moisés Medina, referiu que um dos maiores problemas de Israel é a “segurança instável que advém dos países árabes vizinhos”.

Por outro lado, o ex-presidente da Comunidade Israelita do Porto mostrou-se preocupado com a existência uma faixa muito grande da população israelita com níveis de vida muito baixos e alertou que o governo de Israel deveria investir mais nesta matéria. Apesar de alguns problemas, o organizador do evento afirmou que Israel é um país “maduro”.