As sirenes tocaram à hora exacta do sismo que ocorreu na semana passada, dia 12 de Maio, na província de Sichuan, na China. Fizeram-se três minutos de silêncio. Milhares de pessoas reuniram-se na Praça de Tiananmen quando soaram as sirenes às 14h28 (06h28 em Lisboa). Na cidade de Pequim, os líderes do governo chinês colocaram flores brancas ao pescoço e curvaram-se em silêncio.

A bolsa de valores chinesa parou durante três minutos e o percurso da chama olímpica foi suspenso durante os três dias de luto nacional.

As bandeiras nacionais chinesas vão estar a meia-haste no território chinês e em todas as missões diplomáticas chinesas no estrangeiro até quarta-feira, dia 21 de Maio. As actividades culturais e de entretenimento vão estar suspensas durante os três dias de luto, em memória das vítimas do sismo de magnitude 8 na escala de Richter que abalou o país.

34.000 mortes confirmadas pelas autoridades chinesas

Os números oficiais das autoridades chinesas apontam para 34.073 mortos, mas estima-se que o número de mortes e de desaparecidos ultrapasse os 70.000. Mais de 220.000 pessoas terão sido feridas pelo sismo. Segundo as autoridades chinesas, cerca de cinco milhões de pessoas perderam as suas casas.

Estima-se que os prejuízos na província de Sichuan atinjam os 9,6 mil milhões de dólares. Nos últimos três dias, 200 membros das equipas de socorro ficaram presos em desmoronamentos de terras, quando tentavam reparar estradas destruídas pelo sismo. Até à data, não se sabe se há sobreviventes.

China vai aceitar ajuda internacional

O governo chinês anunciou esta segunda-feira que vai autorizar a entrada de equipas médicas estrangeiras no país. A Comissão Europeia já disponibilizou dois milhões de euros para apoio ao país. Os EUA enviaram aviões com tendas, lanternas e 150.000 refeições que já chegaram à capital da província de Sichuan, Chengdu.

De acordo com as autoridades chinesas, citadas pela BBC, as doações já terão ultrapassado os 860 milhões de dólares.