Foi sem surpresas que se deu a eleição do general Michel Suleiman, este domingo, no parlamento libanês. Tal como já era esperado desde há alguns meses e conforme o acordo realizado em Doha, no Qatar, Suleiman foi declarado o candidato consensual pelos partidos do governo e pela oposição.

Depois de seis meses sem presidente, o parlamento libanês elegeu Suleiman com 118 de 128 votos. No discurso inaugural proferido após a eleição, o antigo chefe do exército apelou à “unidade nacional e à reconciliação sólida dentro do país” e também ao reforço das relações entre o Líbano e a Síria, que devem ser baseadas no “respeito mútuo”. “A Síria e o Líbano devem respeitar as fronteiras de cada um”, acrescentou.

Líderes mundiais congratulam novo presidente

O presidente norte-americano George W. Bush congratulou o novo presidente do Líbano, afirmando que a eleição significa o começo de uma “nova era de reconciliação política”.

Também o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, considerou a eleição de Suleiman um “evento histórico” que vai permitir “a revitalização das instituições políticas do Líbano e um regresso ao diálogo político”. A Alemanha, o Reino Unido e a França também aplaudiram a eleição.

Os acordos de Doha, assinados na quarta-feira passada entre os partidos no poder e a oposição, puseram fim à escalada de violência que se vinha a sentir no país, a pior desde a guerra civil, entre 1975 e 1990.