José António Barros sucedeu, esta quinta-feira, a Ludgero Marques na presidência do conselho geral da Associação Empresarial de Portugal (AEP). A única lista candidata venceu com 74 votos a favor e um voto nulo.

Na vice-presidência fica o empresário têxtil Paulo Nunes de Almeida. A liderar o conselho fiscal está Artur Santos Silva, do banco BPI. Volvidos quase 23 anos de liderança, Ludgero Marques, o presidente cessante, assume a direcção da assembleia geral da AEP.

Sem linhas de acção bem definidas, José António Barros quer “apenas conhecer mais detalhadamente a situação das diversas componentes da associação”, para depois, então, “reagir e tomar as medidas que são mais necessárias”, referiu. No entanto, o novo presidente da AEP tem já uma linha orientadora para o seu mandato até 2010: “reforçar o associativismo nacional, unificar o movimento que anda bastante repartido com evidentes deficiências”.

O novo presidente da AEP refere que “o grave problema das pequenas e médias empresas (PMEs) é a dimensão” e justifica que ”não se pode competir em mercados globais com a dimensão das PMEs portuguesas”. “Uma coisa é competir no mercado nacional ou ibérico, outra coisa é competir no mercado global”, salienta. A solução para este problema passa pela inovação e pelo associativismo, como revela José António Barros.

O novo presidente da AEP pretende igualmente “chamar a atenção sobre o Norte” e diz querer “colocar o Norte na posição que lhe é devida”, porque a região “tem no PIB e no emprego uma posição que não é hoje de forma nenhuma reconhecida”, salienta.

Fundada em 1849, a antiga Associação Industrial portuense é constituída actualmente por 2.300 empresas.