Sete doentes com aperto da válvula aórtica, por estar envelhecida ou calcificada, já colocaram uma prótese no coração para permitir um maior fluxo sanguíneo.

Este procedimento médico, realizado em Portugal no Hospital Eduardo Santos Silva em Gaia, chama-se cataterismo cardíaco e consiste na introdução de uma sonda que leva um tubo de metal fino até à válvula que está danificada, substituindo-a por uma válvula artificial.

O aperto valvular é uma doença que ocorre em pessoas com mais de 65 anos. Alguns dos sintomas mais evidentes são cansaço e falta de ar. A solução do aperto valvular passa pela cirurgia ou, nos casos em que é inoperável, como quando existe doença pulmonar crónica ou aórticas muito calcificadas, opta-se pela prática do cateterismo.

Vasco Gama, director do serviço de cardiologia do Hospital Santos Silva em Gaia, disse ao JPN que se não houver a substituição da válvula “o doente pode morrer mais precocemente” e que há casos em que “a pessoa pode levar duas válvulas”.

“Não deu tempo nem para pensar”

Alexandrina Pina submeteu-se a um cateterismo no passado dia 10 de Março. A paciente contou ao JPN que primeiro fez um electrocardiograma “que estava óptimo” e depois um AngioTac que acusou “que estava com a coronária direita muito entupida”.

Alexandrina Pina disse que não teve nenhum sintoma, mas que o médico que lhe fez o diagnóstico disse que tinha que ser operada no próprio dia. “Não deu tempo nem para pensar”, confessou.

Depois da cirurgia, Alexandrina foi medicada para prevenir o risco da coagulação das plaquetas.

O equipamento de AngioTac é o único na Europa “a funcionar desta maneira”, revela o cardiologista. O equipamento foi trazido para Portugal pelo cardiologista que elaborou o projecto no âmbito do programa Saúde XXI. “Tivemos o financiamento total, o hospital não gastou nem um centavo”, revelou o médico.