O grupo industrial da IKEA, a Swedwood, inaugurou esta sexta-feira, em Paços de Ferreira, o primeiro de três unidades de produção de móveis da Península Ibérica, um investimento de 135 milhões de euros.

Numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, e do ministro da Economia, Manuel Pinho, o chefe do Governo destacou a importância da fábrica para a economia e o investimento em Portugal e para o “cluster do imobiliário”, destacando ainda o facto do investimento ser o primeiro do Governo a nível de parcerias com o estrangeiro.

Para Sócrates, o complexo da Sweedwood, equivalente a 25 campos de futebol, é um “símbolo de que o Norte tem mais um emblema da sua exportação”. Numa altura em que a Europa e o mundo enfrentam “grandes dificuldade”, reiterou a ideia de que “este investimento em Paços de Ferreira é um motor para outros investidores”.

A fábrica, que prevê facturar 180 milhões de euros por ano em exportações, deve apostar na inovação e nos recursos humanos, disse Sócrates. “A fábrica tem de ser competitiva e para isso apostou na formação e nos recursos humano, na inovação e na inteligência”, afirmou.

Sócrates destacou ainda para as dificuldades que surgiram com este investimento. Portugal e Espanha competiram entre si para ver quem ganhava o concurso para construir o primeiro parque industrial da Península Ibérica. Depois da obra estar concluída, o chefe do Governo disse compreender “o lamento dos espanhóis em relação a este projecto”.

Em relação aos dois pavilhões que ainda faltam abrir, estava previsto que até ao final de 2012 estivessem abertos. A abertura vai, porém, ser antecipada. O segundo complexo de produção de móveis estará concluído ainda este ano e o segundo em 2009, garantiu o presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Pedro Pinto.

Sócrates “orgulhoso” pela celeridade do processo

Durante o seu discurso, Sócrates disse estar orgulhoso com a rapidez com o investimento que foi feiro desde o dia em que lançou a primeira pedra, a 21 de Abril de 2007, até à inauguração da primeira de três fábricas da IKEA na “Capital do Móvel”.

O chefe do Governo afirmou que os 13 meses que separaram o dia em que veio a Paços de Ferreira para dar início às obras até à sua inauguração são o reflexo de que de que “a administração pública foi capaz de dar uma resposta pronta, rápida e muito importante para a economia nacional”.