Entre Janeiro e Março deste ano, a taxa média de investimento das exportações portuguesas para Angola foi de 20% face ao período homólogo de 2007, passando de 369,1 para os 454,3 milhões de euros, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A balança comercial portuguesa para Angola reforçou os sinais positivos, tendo atingido nos primeiros três meses de 2008 os 341,4 milhões de euros contra 288,5 milhões de euros em 2007. O INE indica que, para a evolução registada nas exportações, contribuíram produtos como a cerveja de malte, os veículos automóveis para transporte de mercadorias, máquinas automáticas e os materiais de construção.

As medidas de incentivo adoptadas pelo governo angolano não são suficientes para garantir o abastecimento dos mercados locais, daí a necessidade de importar produtos portugueses.

“Embora a consolidação da paz tenha trazido estabilidade e segurança que permitirão o regresso dos deslocados às suas terras de origem, bem como a recuperação das infra-estruturas produtivas locais, enquanto todo este processo não estiver a funcionar em pleno, Angola continuará a necessitar de importar todos os bens necessários à satisfação das diversas necessidades da sua população e do país em geral”, afirma Isabel Santos, directora executiva da Câmara do Comércio e Industria Portugal-Angola.

Angola surge como destino natural de investimento português. Segundo dados da direcção-geral de Alfândegas angolana, Portugal era, em 2006, o principal fornecedor do país africano.