Perfil de António Jorge Pacheco

Foi membro do Grupo de Trabalho da CdM e coordenador da programação musical da Porto 2001 entre 1991 e 2001 e director artístico interino da sala de espectáculos entre Novembro de 2005 e Março de 2006. Desempenhou também funções noutras entidades culturais, foi crítico de ópera e tradutor de textos literários, entre outras actividades.

António Jorge Pacheco, actual coordenador de programação da Casa da Música (CdM), vai substituir Pedro Burmester no cargo de director artístico e de educação da instituição a partir de Janeiro de 2009. A decisão foi divulgado esta segunda-feira.

“Este é um dia feliz para mim”, afirmou António Jorge Pacheco ao JPN. “Este é o projecto com o qual mais me identifico”, disse o futuro director artístico, que é actualmente responsável pela gestão artística do Remix Ensemble e da Orquestra Barroca da CdM.

“A Casa da Música é ainda um bebé, está a dar os primeiros passos, as coisas estão a correr muito bem. É credível, há um sentimento de grande orgulho da cidade e da região em ter a Casa da Música”, aponta. O sucesso internacional é mais um “resultado” do que um objectivo, diz: “O fundamental é trabalhar para a comunidade”.

Com “10 anos da vida dedicado ao projecto”, António Jorge Pacheco diz estar “em total sintonia” com as linhas seguidas por Pedro Burmester. “Aceitei [o convite] porque achei que seria capaz de dar continuidade ao projecto”, declarou, assumindo-se um “felizardo”.

“Constante auto-questionamento”

Nesta estratégia de “continuidade da estratégia artística e educativa” pretendida pelo Conselho de Administração da CdM (como indica um comunicado divulgado esta segunda-feira), António Jorge Pacheco destaca o “constante auto-questionamento” e a fuga às fórmulas de sucesso que diz serem uma marca do trabalho de Burmester.

“Continuará a ser a casa de todos géneros musicais. Só há dois tipos de música: a boa e a má”, refere. A programação de 2009 ainda será da responsabilidade de Pedro Burmester.

Burmester anunciou recentemente que iria abandonar o cargo de director artístico por motivos ligados à sua carreira musical. Em entrevista ao JPN, afirmou que “a Casa da Música está no rumo certo”. “É uma decisão pessoal, quero mudar de vida de alguma maneira e tinha que sair da Casa da Música para o conseguir fazer”, explicou.