A Universidade de Aveiro (UA) confirma que está a utilizar receitas próprias para pagar despesas de funcionamento. Em comunicado, a reitoria da universidade refere que está a utilizar “verbas de receitas próprias de que pode transitoriamente dispor por não estarem taxativa e imediatamente consignadas a projectos ou fins específicos”.

A reacção da reitoria surge depois da TSF ter noticiado que a UA vai pagar os subsídios de férias de funcionários e professores com 3,8 milhões de euros que se destinavam à investigação. Segundo a rádio, que falou com várias fontes, a decisão está a ser anunciada em reuniões dos departamentos da UA. Estes encontros foram, no entanto, negados pela reitoria à TSF.

Sem explicitar os montantes envolvidos e a sua origem, a reitoria refere no comunicado, emitido esta quarta-feira, que está a recorrer a receitas próprias “para fazer face ao aumento dos seus encargos de funcionamento”, motivado pelo aumento dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações e pela actualização salarial da função pública.

“Esta situação não é tecnicamente diferente do que está a acontecer noutras instituições de ensino superior e não coloca em causa nem o pagamento de bolsas, nem a normal execução dos projectos de investigação, nem, genericamente, qualquer outra vertente da actividade da Universidade de Aveiro”, garante a instituição.

Lembrando que estes são “encargos não previstos no orçamento atribuído”, a UA espera vir a ser “ressarcida, através do reforço das verbas do orçamento do Estado, para assim repor a posição anterior e poder continuar a garantir boas condições de funcionamento”.