Estimular a criatividade de jovens arquitectos e a requalificação de sete reservatórios de água foram o objectivo do concurso “Innovative Ideas for Porto Water Tanks”, promovido pela empresa municipal Águas do Porto, juntamente com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Piscinas, campos de ténis, discotecas e spas são alguns exemplos da utilização inovadora de sete reservatórios da cidade. O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considera os projectos interessantes e necessários. “Os projectos vão ter que ser feitos, não vão ficar semi-abandonados”, afirmou esta segunda-feira, na entrega dos prémios.

Os espaços serão abertos ao público com actividades ambientalmente sustentáveis. “Parte dos edifícios deixam de ser úteis face às novas formas de abastecer água no Porto e nós pretendemos encontrar alternativas para dar uma segunda vida a estas construções”, disse o presidente da Comissão de Estruturação da Águas do Porto, Poças Martins.

Rio sem saudades dos SMAS

O edil camarário aproveitou para relembrar aos presentes a contestação de há dois anos aquando da transformação do SMAS em Águas do Porto. “Hoje assistimos a uma visão da Águas do Porto muito diferente da visão antiquada do SMAS”, referiu.

A empresa municipal vai lançar as ideias dos projectos a concurso para futura aplicação. “Pode haver uma ideia fantástica, mas que fica demasiado cara, e outra menos fantástica, mas que é mais fácil de realizar”, explica Rui Rio.

Rio quer equipa de técnicos “com sensibilidade estética”

O autarca confessou ainda ter falhado relativamente à reabilitação de alguns espaços urbanos. “Ainda não consegui olhar para a cidade e começar arrumá-la como se arruma os bibelôs em casa”, reconheceu.

Afirmou ainda ter como ambição “conseguir ter uma equipa de arquitectos, designers, pessoas com sensibilidade estética para que através de pequenas transformações se torne o espaço urbano mais limpo e arrumado”. E deixou o desafio à Faculdade de Arquitectura: “Aproveito esta cerimónia para pedir ajuda para resolver este complexo político que ainda não consegui resolver”.