A revista guardiã das memórias do Porto nasceu em 1908 através do empenho do portuense Alfredo Ferreira Faria, amigo de José Leite de Vasconcelos, estudioso de tradições populares. A revista brindou, terça-feira, no Palácio da Bolsa, a 100 anos de cultura e tradição. A data foi marcada por um número especial e por um concerto.

Várias vezes em risco de desaparecer, “O Tripeiro” é hoje um marco histórico da cidade, “um repositório histórico do passado e do presente do Porto”, na definição de Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), proprietária do título.

“Temos muita sorte em ter tradições muito fortes no Porto”, diz Rui Moreira. “É como diz [o historiador da cidade] Hélder Pacheco: temos sorte por ter uma revista como ‘O Tripeiro’ na cidade”.

“Há dois anos foram feitas mudanças gráficas e de conteúdo que tornaram a revista mais moderna”, refere Rui Moreira, que espera que apareça um novo público que se apaixone pela revista que tem uma tiragem de cinco mil exemplares e periodicidade mensal.

“É importante que as novas gerações percebam que hoje em dia a revista é muito mais acessível e que oferece um cartaz cultural alternativo”, afirma. O presidente da ACP espera que a revista vá mais além dos 100 anos. “São 100 anos da revista que esperamos que continuem”, refere.