Candidaturas aprovadas pela CCDR-N

– Reabilitação do Morro da Sé (Porto)
– Requalificação de Vila D’Este (Gaia)
– Regeneração do Bairro do Sobreiro (Maia)
– Recuperação dos Centros Históricos (Chaves e Gaia)
– Reintegração da zona da Mãe D’Água (Bragança)
– Integração do campus universitário na cidade (Guimarães)
– Revitalização da zona junto ao rio Douro (Peso da Régua)

O projecto de reabilitação do Morro da Sé, no Porto, vai contar com o apoio de verbas do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), num total de 6,957 milhões de euros, através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), o que representa um financiamento de perto de 70% da totalidade do plano para esta zona histórica da cidade.

O anúncio foi feito pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Nortoe (CCDR-N), esta quarta-feira, numa sessão em que foram apresentadas as candidaturas aprovadas pelo programa de Parcerias para a Regeneração Urbana do Programa Operacional Regional do Norte.

O projecto de recuperação da Sé, que está a ser desenvolvido pela Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana, prevê a criação de uma residência de estudantes no Quarteirão da Bainharia, bem como a criação de uma unidade de alojamento turístico no Quarteirão dos Pelames. A Porto Vivo estima que ambos os equipamentos estejam prontos para abrir em 2010.

O plano contém, também, itens como a ampliação da residência de terceira idade, a qualificação do espaço público, o estabelecimento de “oficinas de histórias de auto-estima”, entre outros.

Metro poderá receber apoio de 100 milhões de euros

O presidente da CCDR-N, Carlos Lage, afirmou que estão a ser dados os primeiros passos daquilo que pode vir a ser a atribuição de um apoio de cem milhões de euros à Metro do Porto no âmbito de verbas destinadas à mobilidade urbana. O responsável da CCDR-N acrescentou que, sendo a empresa um caso único na região, “não há um universo de concorrentes” que se possa candidatar a este apoio. Lage disse que depende agora da administração da Metro do Porto avançar com uma iniciativa que se insira no âmbito do programa operacional da região.

“É em Lisboa que está a melhor qualidade de vida?”

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, mostrou satisfação por “se estar a materializar uma ideia que está a fazer o seu caminho no país”, que é a da regeneração urbana. “As cidades não evoluíram da melhor maneira” em Portugal, afirmou Rio. “Direi mesmo que evoluíram de forma errada”, situação que o autarca atribui ao congelamento das rendas, em Lisboa e no Porto, antes do 25 de Abril e que levou a um “urbanismo desordenado” nas periferias urbanas.

Para Rio há, muitas vezes, uma confusão entre crescimento e desenvolvimento, explicando que “uma cidade pode crescer, crescer” e conseguir atingir um PIB (Produto Interno Bruto) per capita alto, mas manter uma qualidade de vida baixa. Dando o exemplo de Lisboa, onde se encontra o PIB per capita mais elevado do país, o presidente da Câmara do Porto lançou a pergunta: “é em Lisboa que está a melhor qualidade de vida?” A resposta veio de seguida: “não”.