O presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que espera receber em breve uma resposta do primeiro-ministro José Sócrates em relação à gestão privada do Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

A JMP, em conjunto com a Associação Comercial do Porto (ACP), a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Associação Industrial do Minho (AIM) e a Associação Industrial do Distrito de Aveiro, enviou uma carta ao Governo em meados de Julho como resposta ao “desafio” lançado por José Sócrates e pelo ministro das Finanças Teixeira dos Santos que pedia à região Norte para se organizar no sentido de ser conseguida uma gestão autónoma privada do aeroporto.

“Não precisamos de pensar [em mais medidas a tomar além do envio da carta] porque ele vai responder. Se não o fizer em Agosto, é normal”, afirmou Rui Rio, referindo-se ao período de férias em que entram os vários órgãos públicos e privados. “Não há nenhum ultimato” ao Governo, explicou o presidente da JMP. “Estamos convencidos de que o senhor primeiro-ministro irá honrar a sua palavra”.

A JMP associou-se às quatro entidades empresariais da região para reivindicar uma gestão autónoma do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. António Marques, presidente da AIM, sublinhou que, “em questões estratégicas de importância para o Norte do país, o Norte fala a uma só voz”. O responsável da associação minhota reforçou a esperança de que o primeiro-ministro, “daqui a uns dias”, dirá que “sim” ao projecto, que já conta com o interesse da Sonae de Belmiro de Azevedo e da Soares da Costa.

Rui Rio, partindo de uma afirmação do presidente da AEP José António Barros, voltou a referir que o facto de a Sonae e a Soares da Costa estarem a acompanhar o processo não significa que estas sejam apoiadas pela JMP e pelos parceiros empresariais. Essas empresas dão, segundo Rio, o “conforto” necessário ao projecto.

Por seu lado, o presidente da ACP, Rui Moreira, realçou que o pensamento para a gestão privada do Aeroporto Francisco Sá Carneiro é o mesmo que para o de Faro, não estando em causa “uma questão de bairrismo”.