Programa do U.Frame

Disponível no site do festival.

Está tudo a postos para o início do U.Frame, Festival Internacional de Vídeo Universitário, no Porto, que arranca quarta-feira. Em cinco dias, serão projectados 94 filmes de 14 países.

“Genericamente, temos muita qualidade. Ficamos surpreendidos com a criatividade e maturidade dos trabalhos que recebemos”, diz Joana Miranda, membro da comissão executiva do U.Frame, uma iniciativa do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto em parceria com a Universidade da Corunha, cidade onde decorrerá a segunda edição do festival.

Portugal, Estados Unidos e Alemanha somam o maior número de inscrições, mas entre os participantes encontram-se também países como Israel e Malásia. A partir de quarta-feira, o U.Frame oferece a estudantes universitários de todo o mundo uma tela de projecção para exibir os seus trabalhos.

Esperadas 2 mil pessoas

O U.Frame “tem a ambição de criar boas condições de exibição e divulgação de trabalhos académicos e ajudar as pessoas a dar o primeiro passo no mundo do trabalho e ver o seu trabalho reconhecido”, afirma Joana Miranda. “Não estamos a falar de profissionais e isso é que é interessante neste festival”, acrescenta.

A organização mostra-se optimista quanto à afluência do público. “Esperemos que as pessoas tenham interesse em saber o que se faz por aí nas escolas e quem são os futuros realizadores e argumentistas”, considera Joana Miranda. A organização do evento espera 2 mil pessoas.

Aposta em novos formatos

A competição oficial do festival está dividida em quatro categorias: ficção (47 filmes), animação (19), documentário (13) e experimental (15).

Além da competição oficial, o festival reserva ainda uma competição especial. Estava prevista uma competição para obras no “mundo virtual” Second Life, mas foi cancelada por falta de participações.

A projecção dos filmes a concurso na competição oficial terá lugar de quinta a sábado, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett. Os vencedores vão ser divulgados na noite de sábado e os seus trabalhos serão exibidos no último dia.

Joana Miranda revela que, no futuro, o U.Frame pretende aumentar o circuito de instituições agregadas ao festival. “Esta é a primeira edição, estamos a desbravar terreno. Esperemos que ganhe uma dimensão considerável. Tudo depende da qualidade com que o festival será realizado”, explica.

Aprender no U.Frame

O festival não promete apenas exibição de filmes, garantindo dias preenchidos de actividades. A formação é uma das suas grandes apostas. Workshops de “Cinema Documental” e de “Escrita para Pequeno Ecrã” (com Nuno Markl e Maria João Cruz das Produções Fictícias) terão lugar nas instalações do curso de Ciências da Comunicação, na Praça Coronel Pacheco, Porto.

Haverá ainda masterclasses orientadas por “profissionais ligados à filosofia do festival, que aceitaram partilhar a sua experiência”, como o director e realizador Andrew Shea, Pedro Mexia, subdirector da Cinemateca Portuguesa, ou Dario Oliveira, fundador do Festival Internacional das Curtas Metragens de Vila do Conde.