A banda sonora de “A Vampyre Story” (Uma História de Vampiros), videojogo que será lançado a 31 de Outubro pela empresa norte-americana Autumn Moon Entertainment, foi composta pelo português Pedro Macedo Camacho.

Camacho é engenheiro civil, tem 29 anos, nasceu e reside no Funchal, na Madeira. A sua biografia conta com vários trabalhos, desde filmes e trailers aos videojogos.

“Participar num projecto destes é muito bom pois para além de dar destaque ao compositor enquanto pessoa individual, dá destaque ao país”, confessa ao JPN.

O gosto por videojogos nasceu muito cedo, antes mesmo de ter começado a criar música. Compor bandas sonoras para jogos de computador foi, assim, uma junção de duas paixões. O cinema é outra das áreas de interesse do compositor, “mas no mundo dos videojogos as portas abrem-se com maior facilidade”, diz.

Obra composta em dois dias

Segundo o compositor, a escolha do seu nome para compor a banda sonora de “A Vampyre Story” foi uma questão de sorte.

Imagem de ''Vampyre Story''“Vampyre Story” é lançado a 31 de Outubro

A oportunidade surgiu quando reparou numa nota num site no qual reconheceu o estilo de pintura igual à saga do “Monkey Island”, da autoria de Bill Tiller (o patrão da Autumn Moon Entertainment), informando que a empresa estava a contratar artistas gráficos.

Apesar de a empresa indicar que já estava tudo praticamente decidido, o compositor resolveu arriscar e enviou uma obra composta em dois dias.

Uma semana depois, foi o próprio Bill Tiller que lhe telefonou a elogiar o trabalho apresentado, acrescentando que antes de tomar qualquer decisão teria de ouvir o trabalho dos outros compositores já contactados.

A escolha demorou quatro meses e só aí o compositor foi contratado para desenvolver o projecto de toda a banda sonora do jogo, com a duração de 67 minutos.

Formação clássica

Pedro Macedo Camacho iniciou a sua formação musical em 1995, com 16 anos, quando começou a estudar composição no Conservatório da Madeira com o maestro argentino Roberto Perez.

Dois anos mais tarde muda-se para Lisboa e passa a frequentar a classe de composição do professor Eurico Carrapatoso com quem estudou quatro anos no Conservatório Nacional.

“Esta mudança foi importante na minha vida, não pelo Conservatório em si, mas pelo professor, que me fez entender o que é realmente a música”, declara. Mais tarde, incentivado pelo tio, o pianista madeirense Jorge Borges, teve aulas de jazz.