É uma oportunidade rara de visitar um conjunto de códices medievais, manuscritos autografados, os primeiros livros impressos em Portugal e algumas das primeiras publicações periódicas portuguesas. A exposição “Tesouros”, integrada nas comemorações do 175º aniversário da Biblioteca Municipal do Porto, estará patente até 12 de Dezembro (de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 19h30).

“É muitíssimo importante ter uma biblioteca que completa 175 anos, que alberga inúmeras colecções de documentos de relevância nacional e internacional”, disse ao JPN Isabel Santos, directora do Departamento Municipal de Bibliotecas.

A exposição “é uma ocasião de celebração conjunta, de abrir as portas e de mostrar um pouco do que temos de melhor, nem sempre conhecido dentro de portas”.

“Excelente acolhimento”

Isabel Santos revela que a exposição tem tido uma grande afluência de visitantes, não só em números, mas também em diversidade.

Com duas grandes exposições anuais marcando datas ou temas especiais, Isabel Santos diz que esta exposição se distingue precisamente por não estar limitada a um tema. “Nesta tentámos dar a tal panorâmica geral dos tesouros, enquanto nas outras os tesouros que expomos são mais sectoriais, em função da temática ou da data que está na sua origem”, explicou.

Apesar desta ser uma excelente prenda de aniversário, por marcar um dos “momentos altos” das comemorações, a directora disse ao JPN que “uma prenda verdadeiramente excelente para a Biblioteca nesta ocasião seria o arranque do projecto de expansão, um dos seus projectos estratégicos mais importantes.”

Diversidade e riqueza

Embora o diário da viagem de Vasco da Gama à Índia, em 1497, atribuído a Álvaro Velho do Barreiro, seja, sem dúvida, a atracção principal, a exposição também conta com outras raridades como, por exemplo, “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto (1614), o Foral da Cidade do Porto (1517), jornais dos séculos XVII e XVIII e edições d'”Os Lusíadas”, datadas de 1817 e 1880.

“Trata-se de uma oportunidade rara para que o grande público – isto é, público que não é frequentador habitual desta biblioteca – conheça a diversidade e a riqueza dos fundos mais importantes que aqui se encontram guardados, através da amostra de obras representativas desses fundos que seleccionámos para esta exposição”, salientou Isabel Santos.