Barack Obama fez história esta noite ao ser eleito o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos da América (EUA). Obama está com 349 votos, contra 162 de John McCain (resultados das 9h00, em actualização). Para vencer precisava apenas de 270.

A vitória do candidato democrata ficou garantida esta madrugada, quando se anunciaram os votos da Califórnia e de Washington. Falta ainda saber quem venceu no Missuri e na Carolina do Norte, onde os resultados provisórios estão bastante equilibrados.

No discurso que fez após saber que seria o próximo presidente dos EUA, Obama voltou a falar na mudança, ideia que orientou toda a sua campanha política.

“Esta noite, por causa do que fizemos neste dia, nestas eleições, neste momento decisivo, a mudança chegou à América”, declarou Obama, que será o 44º presidente americano.

McCain: “Significado especial” para os afro-americanos

O candidato republicano felicitou Obama pela vitória. “Reconheço o significado especial que isto teve para os afro-americanos”, declarou. McCain pediu aos seus apoiantes que se unissem a ele, para juntos contribuírem para restaurar a prosperidade do país. “Temos de trabalhar juntos para fazer este país andar outra vez”, disse.

Bush: “vitória impressionante

Também o actual presidente dos EUA, George W. Bush, felicitou Obama pela “vitória impressionante”. “Os americanos podem estar orgulhosos da história que se fez ontem”, afirmou. Estas eleições registaram uma elevada taxa de participação e foram umas das que suscitaram mais interesse a nível mundial.

Festejos em todo o mundo

A vitória de Obama está a ser festejada um pouco por todo o mundo. O especialista nas eleições norte-americanas Carlos Santos sublinhou, terça-feira, a importância que a, então hipotética, vitória de Obama poderá ter a nível mundial. “Não sei se Obama vai mudar o mundo. Penso que o que com certeza mudará é que o mundo dará uma nova oportunidade à América”, explicou ao JPN.

O presidente do Quénia, Mwai Kibaki, anunciou que amanhã, quinta-feira, será feriado nacional, como forma de comemorar a vitória de Obama, filho de um queniano, que fez história ao ser primeiro afro-americano a chegar à presidência dos EUA.