Francisco Assis, vereador do PS na Câmara do Porto, apelou a Rui Rio para que fale directamente, na qualidade de presidente da Junta Metropolitana do Porto, com o primeiro-ministro para ultrapassar a polémica em torno da expansão da rede de metro. O dossiê tem sido tratado pelos responsáveis da pasta das Obras Públicas, Mário Lino e Ana Paula Vitorino.

Na reunião do executivo municipal desta terça-feira, Assis apelou a que se “ultrapasse esta querela que está assumir a forma de uma disputa político-partidária. O essencial é desbloquear a situação. Acredito que isso é possível”.

Rui Rio admitiu a existência de uma disputa partidária “sem pés nem cabeça” em torno do metro, mas atribuiu “99%” da responsabilidade ao PS. “O baixar de nível foi feito pelo PS, por duas ou três pessoas do PS com peso. Sozinho não consigo elevar o nível”, contrapôs.

Sem responder ao apelo de Assis, Rio afirmou que “uma solução para tudo isto não é fácil mesmo que estejam todos com as melhores das intenções”. Quando, “do outro lado”, só encontra “‘partidarite’ bacoca”, ainda mais difícil se torna.

Rio voltou a criticar os planos apresentados para as linhas, nomeadamente a do Campo Alegre, em detrimento da da Boavista. “A Metro não tem projecto nenhum para o Campo Alegre”, vincou. “São só uns mapas da Google com uns riscos”, sem sustentação técnica, criticou.

Francisco Assis diz que Rui Rio não se deve focar neste tipo de questões técnicas, mas sim em “focar o debate no plano puramente institucional”. “Deixemo-nos de guerrilhas”, apelou.