Depois de alguns meses de trabalho, a casa está pronta a habitar pela família seleccionada. Um processo feito pela Comissão de Família da Habitat for Humanity (HFH), uma equipa formada inteiramente por voluntários.

Existem três critérios para a escolha das famílias: o “nível de necessidade, a vontade de participação no programa e a capacidade de pagamento de uma pequena mensalidade”, revela Filipa Braga Hilário, da associação.

O “nível de necessidade” prende-se com as condições de habitabilidade das casas onde as famílias moram, sendo que esse critério pode variar de acordo com “as necessidades das diferentes comunidades onde a Habitat actua”, afirma.

No terreno, todas as famílias selecionadas são desafiadas a paticipar na construção daquela que será a sua futura casa O intuito é tornar cada família num “parceiro da Habitat”, ao consciencializá-la para o projecto.

Famílias têm de pagar uma mensalidade

A obrigatoriedade de pagar uma mensalidade é, para alguns, o critério mais controverso, já que exclui, à partida, pessoas sem rendimentos. A HFH salienta que é, no entanto, fundamental, para garantir que as famílias proprietárias terão condições de manter a casa, sendo que o dinheiro dos pagamentos vai para um “fundo rotativo para a Humanidade”, que possibilitará a ajuda a outras famílias.

O contrato é, primeiro, negociado com a família, sendo que uma casa custa, em média, cerca de vinte e quatro mil euros. Esta quantia é paga pela família em prestações sem juros, durante um período extensivo de tempo, fixando-se um pagamento mensal não inferior a 25 euros e que não ultrapasse os 150.

No entanto, a família candidata “não se poderá candidatar ao um projecto da Habitat se os rendimentos apresentados lhe permitirem usufruir de outros projectos habitacionais”, como ao crédito habitação ou a programas governamentais.