“Não é a dimensão que determina a importância de uma obra”. As palavras servem como máxima na obra de Nuno Brandão Costa, arquitecto e professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) distinguido com o Prémio Secil Arquitectura 2008.

A notícia da vitória no mais importante prémio da arquitectura nacional foi recebida “com contentamento, surpresa, mas sobretudo com uma honra enorme” pelo arquitecto portuense. “É bom perceber que os meus pares qualificam o meu trabalho desta maneira”, confessou Brandão Costa ao JPN.

A obra que valeu a distinção a Nuno Bradão Costa foi o projecto do Edifício Administrativo e Show-Room «Móveis Viriato», localizado em Rebordosa, Paredes. Um obra “diferente” dos trabalhos que o autor tem desenvolvido ao longo da carreira profissional. “Esta não é uma obra pública”, começa por explicar o arquitecto, para quem “a expressão do edifíico explora muito a componente estrutural”.

Ainda assim, o docente da FAUP não consegue eleger o melhor dos seus trabalhos. “Em termos pessoais, todas as obras têm a sua importância que não é determinada pela sua dimensão”, revela ao JPN.

Arquitecto premiado

Nuno Brandão Costa nasceu no Porto em 1970, formou-se na FAUP em 1994 e estagiou no atelier dos arquitectos suíços Herzog & de Meuron. Para além do Prémio Secil Arquitectura 2008, conta ainda no currículo com a vitória no Prémio revelação e mérito “Jornal Expresso / SIC – 12 anos”, em 2004, tendo sido finalista nos Prémios Jornal Construir 2007.

Entre os melhores

Atribuído desde 1992, o Prémio Secil Arquitectura distingue, de dois em dois anos, aqueles que mais se destacam nesta área, em Portugal. Eduardo Souto Moura e Siza Vieira foram alguns dos vencedores de edições anteriores.

Ao distinguir a obra do arquitecto portuense, o júri do prémio quis “fazer sobressair dois aspectos importantes para a prática profissional contemporânea: a disciplinar, cumprida pelo rigor construtivo e de desenho da obra em causa; a social e pública, por abordar um programa comercial nem sempre entregue a arquitectos”, explica a nota de imprensa distribuída pela Secil e pela Ordem dos Arquitectos.

Para Nuno Brandão Costa.” todas as obras têm as suas especificidades, têm o seu contributo”.Aliás, “à medida que se vão fazendo as coisas , vai-se aprendendo. A aprendizagem é permanente”, remata o Prémio Secil Arquitectura 2008.